Comunicado da Comissão Eleitoral: numeração das chapas
26 de julho de 2024Eleição da CIPE: aprovação das chapas numeradas
2 de agosto de 2024São Paulo 1º de agosto de 2024
Após ter lido o artigo https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2024/07/31/e-possivel-descobrir-micro-penis-e-tratar-ainda-na-infancia.htm a Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE), preocupada com alguns aspectos da abordagem dos casos de pênis pouco aparente ou “pequeno”, gostaria de adicionar alguns detalhes e recomendações com relação ao assunto.
A queixa de pênis pequeno é extremamente comum nos consultórios de cirurgia geral e urológica pediátrica, e na grande maioria das vezes obedece apenas a preocupações familiares advindas de comparações com outras crianças ou falta de informação correta dos familiares, e se resolve apenas com orientação e esclarecimento da criança e dos responsáveis. Em algumas ocasiões estamos apenas diante das amplamente reconhecidas variações do ritmo de crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Este é um problema importante do ponto de vista psicossocial, que não deve ser negligenciado nem abordado de forma inadequada.
Ainda além, é necessário muito cuidado com a utilização do termo “micropênis” que, além de seriamente estigmatizante, se refere a uma forma muito particular de pênis pequeno/pouco aparente, e na grande maioria dos casos está ligado a problemas endócrinos ou malformações genitais graves. De fato, a grande maioria dos casos de pênis inaparente se deve a problemas locais, que tem correção cirúrgica plenamente possível (e são chamados de pênis embutido na maioria das vezes).
O tratamento efetivo destes pacientes é possível em qualquer faixa etária embora, dependendo do diagnóstico específico, possa haver recomendações diferenciadas, vantagens no tratamento precoce ou a recomendação de aguardar o desenvolvimento da puberdade ou o tratamento de condições associadas.
E muito importante enfatizar que a forma de abordar estes pacientes pode determinar o estado psicológico e social adaptativo destas crianças. E importante, por exemplo, que as famílias evitem comparar suas crianças com outros meninos, em especial de forma pública.
Nós, os cirurgiões pediátricos, junto com os profissionais especializados em cirurgia urológica da criança e os colegas pediatras, temos formação plena para atender estes pacientes com empatia e eficiência.
Se você tem dúvidas quanto ao desenvolvimento genital de seu filho, nos procure. Nós sabemos trazer a família os melhores resultados e uma abordagem humanizada e eficaz.
DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIRURGIA PEDIÁTRICA