CIPE participa do 8º Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância
Realizado de forma híbrida e com público recorde entre os dias 30 e 31 de março, o 8º Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância discutiu o tema “Avanços e desafios na escuta das crianças e no enfrentamento à pandemia”.
O evento foi realizado pela Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância (Câmara e Senado Federal) e pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.
Com uma programação extensa, o evento focou nos avanços na promoção dos direitos das crianças de 0 a 6 anos, permitindo a troca de experiências regionais em relação a boas práticas e políticas públicas para a Primeira Infância.
A Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica esteve representada pela Dra. Lúcia Caetano Pereira, cirurgiã pediátrica do Hospital Geral de Palmas- HGP (Tocantins) e membro titular do Conselho Fiscal da CIPE.
“Foi uma honra participar do evento a convite do nosso colega cirurgião pediátrico e deputado federal Dr. Zacharias Calil que, por sinal, presidiu uma das principais mesas do dia. Simultaneamente, pude representar a CIPE, a pedido da Dra. Maria do Socorro Mendonça, atual presidente e defensora da participação da nossa associação nas causas a favor das crianças e de seus interesses”, ressaltou Dra. Lúcia.
Dr. Zacharias Calil presidiu mesa-redonda que abordou Desafios da Pandemia para a proteção, segurança alimentar, assistência social, saúde e apoio à parentalidade, diante do aumento da vulnerabilidade das famílias e crianças na primeira infância, que teve palestras sobre: Os múltiplos impactos da pandemia da Covid-19 no Brasil sobre crianças; Impactos da pandemia sobre a saúde física e mental das crianças, superação de danos e vacinação; Responsividade do Programa Criança Feliz aos desafios do apoio à parentalidade e inovações em tempos de Covid-19; Aumento da violência doméstica e do sub registro de nascimento durante a pandemia; e Perdas parentais em decorrência da pandemia e riscos de aumento da adoção ilegal.
Segundo a Dra. Lúcia Caetano, membro titular da CIPE/TO, o evento permitiu o estabelecimento de uma agenda de compromissos para a primeira infância a nível nacional, atendendo às peculiaridades de cada região.
“Muito foi falado sobre como e por que escutar as crianças nos diversos contextos, acesso, qualidade, financiamento na educação na primeira infância. Foram apresentados casos do Brasil e de outros países. E houve troca de experiências com representantes da Itália, Chile e Canadá, entre outros expositores do painel internacional”, destacou.
Para Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica essa é mais uma oportunidade de cuidar das crianças e adolescentes, conforme está escrito na edição atual do “Tratado de Pediatria”, o qual a CIPE pôde contribuir como autora dos capítulos cirúrgicos.
“A saúde é uma prioridade, e em especial, a saúde de nossas crianças e adolescentes. Acreditamos que a oportunidade dada pela Frente Parlamentar abre um precedente para que todas as sociedades de especialidades possam de alguma maneira participar. E qual foi o cirurgião pediátrico, que nunca atendeu uma criança vítima de violência? Inclusive, em tenra idade? Não vamos aqui abrir um leque de discussões a respeito dos gatilhos que podem levar uma pessoa a acometer tais atrocidades. Mas, se houver o olhar mais atento e capacitado do médico, em especial, dos pediatras e especialistas pediátricos em suas rotinas de atendimentos, aumentam-se as chances das crianças e dos adolescentes, vítimas de violências, conseguirem denunciar ou contar os seus sofrimentos para serem tratados e protegidos. Esse olhar é tão importante, que há capítulos específicos na 5º edição (2022) do Tratado de Pediatria. Abordam-se temas atuais como violências em geral, bullying, cyberbullying, síndrome da alienação parental, infanticídio, homicídio de crianças e adolescentes, suicídio e outros”, finalizou a Dra. Lúcia.